terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Blogueira vaticanesa segue presa e incomunicável.

O caso da blogueira vaticanesa sacode o diafragma das autoridades ocidentais, preocupadas em liquidar o eixo do mal e em levar à frente a cruzada pelas direitas humanas. 









*Da agência livre de Tirana

                A famosa blogueira vaticanesa[1] segue presa e incomunicável, apesar dos inúmeros protestos de entidades democráticas em todo o mundo, como a Opus Dei, o DEM, a Mocidade Salazarista, a Suharto University, o Tea Party, o Clube Alberto Fujimori, a Veja, a Juventude Tucana, a Associação das Viúvas do Generalíssimo Franco, a National Rifle Association (Charlton Heston Memorial), entre outras.
                O grau de incomunicabilidade da famosa blogueira é tal, que ninguém nunca viu nenhuma postagem da moça, apesar de tanta comoção que essa invisibilidade gera. Declarações bombásticas de Bush Júnior, Wladimir Putin e Sílvio Berlusconi em favor da libertação da blogueira não surtiram efeito nos pavilhões auriculares de Benedito Ratzi, jovem ocupante in pectoris do governo local.
                Assim comentou Berlusconi ao jornal Clarín:
                – É inadmissível que a ragazza continue incomunicável, uma vez que sou sempre a favor da mais ampla liberdade de informação e comunicação, conforme os sagrados preceitos de Murdoch, Marinho e Goebbels, em defesa da imprensa livre.
                Fontes confiáveis garantem que a blogueira chegou ao território italiano foragida de um campo de refugiados esloveno logo após a guerra da Coréia, através de Odessa. Ela foi vista em Brindisi e depois sumiu das vistas públicas nas cercanias de Castel Gandolfo. Desde 1977, ainda na infância do humanista Augusto Pinochet, a blogueira inspira movimentos pela democracia mundial, sendo fonte conspiradora da derrubada da ditadura granadina[2] pelas forças libertadoras de Reagan, o mocinho do Ocidente.
Suas postagens, nunca vistas, falam sobre temas estarrecedores e completamente desconhecidos do vulgo e do não-vulgo. Entre tais assuntos, se supõe que ela aborde questões sobre a importância da liberdade feminina na Índia, o legado caritativo de Imelda Marcos, a obra libertadora de Anastasio Somoza, o valor insuperável do Apartheid para a civilização, a sapiência das elites paraibanas e outros de igual jaez. A blogueira é uma das únicas pessoas vivas que conhecem o segredo do juiz Javier Castrilli sobre o famoso pênalti marcado contra a Portuguesa de Desportos, em circunstâncias jamais totalmente conhecidas, apesar de sobejamente investigadas pelo serviço de espionagem do Butão.   
                Segundo rumores, ela é mantida sobre severa vigilância e seu acesso à rede de computadores é controlado rigorosamente por guardas suíços pomposamente armados, de tal forma que até o momento não foi possível conhecer qualquer uma de suas postagens. Não se sabe a extensão da ramificação de suas conexões, mas se supõe que um e-mail secreto da blogueira estimulou o Príncipe Dipendra a assumir pacificamente o poder nepalês em 2001, na aurora do novo século.
                Circula na rede mundial um indignado manifesto de solidariedade à blogueira vaticanesa, exigindo que sua luta pelas direitas humanas seja encampada numa frente de solidariedade internacional, sob financiamento da Liberty League encabeçada pela Anaconda Copper, Nike Inc. e Union Carbide. A Medici-Videla Foundation promete organizar uma mobilização patriótica em defesa da liberdade ocidental e em homenagem à inspiradora dessa cruzada libertadora.        



[1] Vaticanesa: Natural do Estado do Vaticano, erguido nas antigas terras de além Tibre, pertencentes a Remo, fraternalmente liquidado por Quirino na noite dos tempos. Governado por autoridade Monárquica, o Estado é o único do mundo que não possui população nativa, apenas residente. A Maternidade local não funciona desde o nascimento da pimpolha Lucrécia, mas garante emprego a uma linhagem de nepotes papais nomeados originalmente para a sua direção por Rodrigo Bórgia.  
[2] Referente a Granada, que teve sua ditadura derrubada pelas forças de Reagan, o mocinho do Ocidente, depois do bombardeio cirúrgico do centro cirúrgico do Hospital local. 

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