Ingredientes:
- Quantidades paquidérmicas de servilismo
- Trinta moedas de abjuração
- Umas tantas doses de inveja (para tempero)
- Duas ou três medidas de farinha de ignorância (a gosto)
- Três pitadas de sensacionalismo
- Quatro penas de tucano untadas de tinta venenosa
- Cinco litros de óleo de peroba
- Um economista do Federal Reserve, pois sempre é necessário alguém para orientar o cozinheiro maluco
Modo de preparar:
Aqueça o óleo de peroba num caldeirão, mas não esquente
demais, porque a moderação é virtude dos sapientes. Quando estiver morno (tudo
deve ser sempre morno nessas ocasiões), acrescente de forma “lenta e gradual” a
farinha da ignorância até formar uma gororoba indigesta e bastante insípida. Enquanto
a gororoba descansa, lave à parte as doses de inveja nas moedas da abjuração e
deixe em infusão durante o tempo necessário para a mistura ficar bem
consistente (aproximadamente nunca, porque não tem mesmo consistência). Coe o
molho e o adicione aos poucos à gororoba, tentando amaciar a massa com as mãos.
Nesse momento, deve-se polvilhar tudo com as pitadas de sensacionalismo e
salpicar a receita com as penas de tucano. Por fim, tudo deve ser banhado pelo
servilismo. Deixe descansar mais um pouco e leve a um forno de alguma estatal
“privateada” para dourar como o ouro de tolo.
Modo de servir:
Sirva de forma periódica, para um público desejoso de
fórmulas de auto-engano. Se os convidados à ceia estiverem sequiosos, pode-se
acompanhar o prato de qualquer líquido dopante, a fim de deixar os degustadores
inebriados com o mais fino paladar e com os mais sofisticados aromas emanados de tal
iguaria. Ah, não esquecer que a parte do leão fica sempre para o gringo do FED
e o distinto público indígena pode se deliciar à vontade com as migalhas que
porventura restarem.
É um prato horroroso e pode levar a óbito por paralisia do Sistema Nervoso Central! A fórmula é dual, pois pode construir um Juíz do STF.
ResponderExcluirGlaudionor Barbosa
Hehehehehe
ResponderExcluirGostei da sátira, mas não gostei do prato, achei indigesto!
Abraços.
Vânia.